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Flatey
Flatey
O Flatey Book (islandês: Flateyjarbók) é um importante, além de maior, manuscrito islandês medieval, também conhecido como Codex Flateyensis, o qual contém 225 velinos escritos e ilustrados. Em sua maioria, ele apresenta sagas de reis nórdicos, tratando especificamente de sagas a respeito de Olaf Tryggvason, St. Olaf, Sverre, Hakon O Antigo, Magnus O Bom e Harald Hardrada, como encontrado no Heimskringla. Além disso, o manuscrito também contém uma cópia única do poema édico Hyndluljóð, um conjunto único de registros históricos datados de 1394 e muitos contos conservados, como o Nornagests þáttr (História de Norna-Gest).
A saga Grœnlendinga (História dos gronelandeses), também especialmente importante, narra sobre a colônia Vinland (atual América do Norte) com alguns contrastes da versão contida na saga Eiríks saga rauða (História de Eirík, O Vermelho). Na obra também estão preservadas as únicas versões islandesas da saga Orkneyinga (História dos nativos de Orkney) e da saga Færeyinga (História dos nativos feroenses).
Aproximadamente, o manuscrito começou a ser escrito em 1387 e foi concluído em 1394. A primeira página constata que o proprietário da obra é "John Hakonar son" (John, filho de Hakonar) e que o livro foi produzido por dois monges. Um deles, "Jon prestr Þórðar son" (monge Jon, filho de Þórðar), escreveu o conteúdo do conto de Eirík The Traveller (Eirík, O Viajante) até o final das 2 sagas de Olaf. O outro, "Magnús prestr Thorhallz sun" (monge Magnús, filho de Thorhallz), também participou da escrita do conteúdo e ilustrou a obra. Conteúdos adicionais foram acrescentados ao final do século XV.
Inicialmente, o manuscrito recebeu atenção especial pelos letrados em 1651, quando o bispo Brynjólfur Sveinsson de Skálholt, com a permissão do rei Frederick III da Dinamarca, requisitou que todo o povo islandês entregasse os manuscritos antigos, fosse uma cópia ou o próprio original, que detinham ao rei dinamarquês como presente ou por um preço. Jon Finnsson, que morou em Flatey (Flat Island) em Breiðafjörður na costa oeste da Islândia, foi o proprietário do manuscrito que então já era conhecido como Flateyjarbók. Inicialmente, Jon se recusou a entregar sua preciosa relíquia de família, o maior livro de toda a Islândia, e continuou a recusar mesmo quando o bispo Brynjólfur o visitou pessoalmente, oferecendo 500 terras. Jon só mudou de ideia e concedeu o livro quando o bispo estava partindo da região.
O Flateyjarbók consiste dos seguintes textos:
A saga Grœnlendinga (História dos gronelandeses), também especialmente importante, narra sobre a colônia Vinland (atual América do Norte) com alguns contrastes da versão contida na saga Eiríks saga rauða (História de Eirík, O Vermelho). Na obra também estão preservadas as únicas versões islandesas da saga Orkneyinga (História dos nativos de Orkney) e da saga Færeyinga (História dos nativos feroenses).
Iluminuras do Flateyjarbók
Velino ilustrado do Flateyjarbók
Aproximadamente, o manuscrito começou a ser escrito em 1387 e foi concluído em 1394. A primeira página constata que o proprietário da obra é "John Hakonar son" (John, filho de Hakonar) e que o livro foi produzido por dois monges. Um deles, "Jon prestr Þórðar son" (monge Jon, filho de Þórðar), escreveu o conteúdo do conto de Eirík The Traveller (Eirík, O Viajante) até o final das 2 sagas de Olaf. O outro, "Magnús prestr Thorhallz sun" (monge Magnús, filho de Thorhallz), também participou da escrita do conteúdo e ilustrou a obra. Conteúdos adicionais foram acrescentados ao final do século XV.
Inicialmente, o manuscrito recebeu atenção especial pelos letrados em 1651, quando o bispo Brynjólfur Sveinsson de Skálholt, com a permissão do rei Frederick III da Dinamarca, requisitou que todo o povo islandês entregasse os manuscritos antigos, fosse uma cópia ou o próprio original, que detinham ao rei dinamarquês como presente ou por um preço. Jon Finnsson, que morou em Flatey (Flat Island) em Breiðafjörður na costa oeste da Islândia, foi o proprietário do manuscrito que então já era conhecido como Flateyjarbók. Inicialmente, Jon se recusou a entregar sua preciosa relíquia de família, o maior livro de toda a Islândia, e continuou a recusar mesmo quando o bispo Brynjólfur o visitou pessoalmente, oferecendo 500 terras. Jon só mudou de ideia e concedeu o livro quando o bispo estava partindo da região.
Bispo Brynjólfur Sveinsson (1605 - 1675)
O manuscrito foi dado de presente ao rei Frederick III em 1656, tendo sido colocado na Biblioteca Real de Copenhagen. O resto da coleção do bispo foi dispersa pelos herdeiros, que não tinham interesse na coleção de manuscritos antigos. Infelizmente, a maioria deles se perderam para sempre, apesar de muitas transcrições terem sido realizadas. O Flateyjarbók e o Codex Regius foram repatriados pela Islândia em 1971 como tesouros islandeses nacionais. Atualmente, são estudados e preservados pelo Instituto Árni Magnússon.
Rei Frederick III da Dinamarca
Biblioteca Real de Copenhagen
Instituto Árni Magnússon
O Flateyjarbók consiste dos seguintes textos:
- Geisli (um poema religioso de St. Olaf II da Noruega)
- Ólafs rima Haraldssonar (um poema de St. Olaf no estilo rimur, o mais antigo na poesia islandesa)
- Hyndluljóð (um poema em nórdico antigo)
- Um conto do Gesta Hammaburgensis Ecclesiae Pontificum
- Sigurðar þáttr slefu
- Hversu Noregr byggðist
- Genealogias de reis noruegueses
- Eiríks saga víðförla
- Ólafs saga Tryggvasonar, que contém:
- Saga Grœnlendinga
- Saga Færeyinga
- Saga Jómsvíkinga
- Otto þáttr keisara
- Fundinn Noregr
- Orkneyinga þáttr
- Albani þáttr ok Sunnifu
- Íslands bygging
- Þorsteins þáttr uxafóts
- Sörla þáttr
- Stefnis þáttr Þorgilssonar
- Rögnvalds þáttr ok Rauðs
- Hallfreðar þáttr vandræðaskálds
- Kjartans þáttr Ólafssonar
- Ögmundar þáttr dytts
- Norna-Gests þáttr
- Helga þáttr Þórissonar
- Þorvalds þáttr tasalda
- Sveins þáttr ok Finns
- Rauðs þáttr hins ramma
- Hrómundar þáttr halta
- Þorsteins þáttr skelks
- Þiðranda þáttr ok Þórhalls
- Kristni þáttr
- Eiríks þáttr rauða
- Svaða þáttr ok Arnórs kerlingarnefs
- Eindriða þáttr ilbreiðs
- Orms þáttr Stórólfssonar
- Hálfdanar þáttr svarta
- Haralds þáttr hárfagra
- Hauks þáttr hábrókar
- Ólafs saga helga, que contém:
- Saga Fóstbrœðra
- Saga Orkneyinga
- Saga Færeyinga
- Nóregs konungatal
- Haralds þáttr grenska
- Ólafs þáttr Geirstaðaálfs
- Styrbjarnar þáttr Svíakappa
- Hróa þáttr heimska
- Eymundar þáttr hrings
- Tóka þáttr Tókasonar
- Isleifs þáttr byskups
- Eymundar þáttr af Skörum
- Eindriða þáttr ok Erlings
- Ásbjarnar þáttr Selsbana
- Knúts þáttr hins ríka
- Steins þáttr Skaptasonar
- Rauðúlfs þáttr
- Völsa þáttr
- Brenna Adams byskups
- Saga Sverris
- Hákonar saga Hákonarsonar
- Um adendo a Ólafs saga helga por Styrmir Kárason
- Uma saga do rei Magnus O Bom e do rei Harald Hardrada do tipo Morkinskinna
- Hemings þáttr Áslákssonar
- Auðunar þáttr vestfirzka
- Sneglu-Halla þáttr
- Halldórs þáttr Snorrasonar
- Þorsteins þáttr forvitna
- Þorsteins þáttr tjaldstæðings
- Blóð-Egils þáttr
- Grœnlendinga þáttr (diferente da saga Grœnlendinga)
- Helga þáttr ok Úlfs
- Játvarðar saga helga (saga do rei Edward)
- Flateyjarannálar
(Fonte: Open Library)
Fonte:
Flateyjabók
Instituto Árni Magnússon
Iluminuras do Flateyjarbók
Biblioteca Real de Copenhagen
Artigos:
Cultural Paternity in the Flateyjarbók Ólafs saga Tryggvasonar
Norse Mythology - Legends of Gods and Heroes
What a woman speaks
Eddic Mythology
The sagas of Icelanders as a Historical Source
O Rei Burislaf: ligeira concessão ao cientificismo e considerações acerca do cômico, do factual e do fictício
Tradução:
A saga de Hedin e Hogni
Conto de Norna-Gest
olá.
ResponderExcluirOlá Andressa. Sou fã da mitologia nórdica e nunca tive a oportunidade de ler a Edda Poética completa. Há versão em português? Tentei fazer uma compilação dos textos traduzidos aqui na internet. Além de ter várias fontes, o que dificulta a compreensão, não consegui encontrar três textos (Rigsþula, Hyndluljóð, Völuspá hin skamma). Conheces, Andressa, onde posso encontrar? Podes me ajudar?
ResponderExcluirabs,
jarbasdesousa@hotmail.com
Olá, Jarbas!
ResponderExcluirDe fato, tradução é algo delicadíssimo de lidar. Sim, há versões desses textos em português, mas devo apenas alertá-lo quanto às mesmas. Ainda não fiz um estudo apurado das Eddas, tampouco de suas traduções, todavia aconselho que sempre leia com uma ressalva crítica, visto que, frequentemente, a tradução não faz jus à forma artística da obra original (metrificação, rima, disposição dos vocábulos...). Além disso, você também pode se deparar com a incidência de erros semânticos, pois, muitas vezes, o tradutor se preocupa apenas com o sentido literal, esquecendo da pragmática em questão, o que, consequentemente, prejudica a compreensão do conteúdo.
No momento, não posso te garantir um nome aclamado por excelentes traduções brasileiras nesses quesitos, mas, se o teu interesse não for estritamente acadêmico, encontrei uns sites que possam te ajudar:
http://nibelungsalliance.blogspot.com.br/p/downloads.html
http://lizzabathory.blogspot.com.br/2012/03/edda-poetica-e-edda-em-prosa-mitologia.html
http://parahybapagan.wordpress.com/2008/02/29/edda-poetica-voluspa/
Abraço!