sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Sagas islandesas







As sagas islandesas (islandês: Íslendingasögur) são prosas que, em sua maioria, descrevem eventos que ocorreram na Islândia nos séculos X e XI, durante a tão chamada "era da saga". Seus textos compartilham algumas semelhanças com o gênero épico, utilizando aliteração em estrofes ou em poemas inteiros, incorporados à prosa. Elas são mais conhecidas como os modelos da literatura islandesa.

As sagas dos islandeses foram um fenômeno literário dos séculos XIII e XIV. Muitos dos manuscritos que preservam as sagas foram levados para a Dinamarca e para a Suécia no século XVI, mas ulteriormente retornaram à Islândia. Seu conteúdo é de caráter realista e histórico, principalmente genealógico e familiar. Elas refletem a luta e o conflito que se intensificaram nas sociedades da segunda e terceira geração dos colonizadores islandeses.

O termo saga provém do Norse, saga (plural: sögur), e significa "aquilo que foi dito" ou "história, conto".  Tem cognato com a palavra inglesa say e a alemã sagen. Acadêmicos já defenderam que as sagas clássicas foram transmitidas oralmente de geração em geração até por volta de 1200, quando os escribas as transcreveram. No entanto, a corrente acadêmica mais aceita atualmente é a de que as sagas foram obras artísticas conscientes, baseadas em tradições orais e escritas.




Eiríks saga rauða (Saga de Eric, O Vermelho), manuscrito islandês do século XVII.




Os autores dessas obras são desconhecidos. Entretanto, acadêmicos acreditam que uma delas, a Saga de Egil, foi escrita por Snorri Sturluson, um suposto descendente do herói da saga, mas isso ainda permanece incerto. Como foram baseadas em tradições orais, sua fidelidade é amiúde discutida, mas, graças a pesquisas e estudos minuciosos, é possível distinguir algumas em reais e fictícias.

Há diversos contos de reis (por exemplo, Heimskringla), do cotidiano popular (Saga Bandamanna) e da vida de personagens (como na Saga Egil). As sagas descrevem parte da história de alguns países nórdicos (como se confere no último capítulo da Saga Hervarar). Inclusive, lugares como as Ilhas Britânicas, o norte da França e a América do Norte são mencionados. Somente recentemente, no início do século XX, os contos acerca das viagens para a América do Norte foram reconhecidos como autênticos.

Atualmente, a saga ainda constitui uma parte intrínseca da identidade dos islandeses, estando inevitavelmente presente no país inteiro. Eis um documento concreto que relata a vida dos nativos durante seu período mais tumultuado, uma era na qual os vikings moldavam a sociedade do norte europeu, ao passo que o cristianismo e o paganismo disputavam entre si a soberania no sistema.




Iluminura de um manuscrito de uma saga islandesa, século XIII.
Fotografia: Bob Krist/Corbis.



Fonte:



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Esbraveja como um dragão, berserkiano.